Ai que saudade que eu tenho
Dos tempos que já se foi
Quando eu brincava de roda, de passa anel
De pique esconde, de pular amarelinha
De queima, de pular corda, de bete
Até de assustar os outros.
Vou contar uma travessura minha
Na nossa casa lá em Mineiros tinha uma rua escura, menino daquele tanto eu nunca vi.
Certo dia resolvemos fazer uma travessura maior, pegamos uma meia velha da minha mae, dessas compridas que iam ate lá na coxa, só que já era velha. enchemos ela com retalhos de pano, pra quem nao sabe minha mae e minhas irmas eram costureiras da melhor qualidade, as melhores ali daquela regiao, bom, pegamos os retalhos e enchemos a meia até na ponta, depois pegamos um retroz de linha e amarramos, esperamos até anoitecer e fomos pra rua, colocamos a cobra de pano dentro de um cano que saia da calçada e alcançava a rua, nos escondemos atras do muro e ficamos esperando a vítima, de repente eis que surge lá na esquina o Sr. José da horta, todo alinhado, vindo da igreja, esperamos ele chegar perto do lugar onde estava a cobra e começamos a puxar bem devagarinho, de repente, um grito, um susto e um tropel, socorro olha a cobra, recolhemos o mais rápido possível nosso brinquedo porque senao ia sobrar pra todo mundo,
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